terça-feira, 26 de junho de 2012

Quarta aula


Quarta aula – (23/03/12)
Pontos discutidos em sala;
  • ·        Qual a ponte que eu faço entre teoria e prática? Como, ou quais fatores são importantes para essa transição? Quais os  fatores que favorecem ou dificultam esta transição entre teoria e prática em minha prática docente, juntamente com meu cotidiano escolar?
  • ·        Formação para a cidadania: discurso que é legitimado no currículo prescrito. Mas, quem é este cidadão crítico a quem o documento se refere? Qual “padrão”, forma ou parâmetro para classificar um cidadão ideal ao não para nossa sociedade?  Paulo Freire: o ambiente escolar deve favorecer, antes de tudo, que o cidadão seja crítico de sua história.
  • ·        Questão da permissividade familiar na educação dos filhos e que reflete na formação do cidadão, inclusive no currículo, mais diretamente no currículo vivido e oculto. Será que tais questões de ordem familiar não são silenciadas no currículo prescrito? A questão é: porque a dissonância entre currículo prescrito, vivido e oculto?
  • ·        Questão da formação para a individualidade. É preciso resgatar o papel e o lugar do educadores no sentido mais amplo do termo, sejam eles familiares ou não. Um lugar posicionado politicamente.
  • ·        A questão do passado não justifica os problemas da educação atual, principalmente quando se fala de respeito, indisciplina ou estrutura familiar. Os paradigmas e modos de vivência estão reformulados, o que reflete na educação e no currículo.
  • ·        Trabalhar com a realidade, dentro do campo de suas possibilidades, e não com suas falsas ideologias, ou seja, falsas imagens que construímos para justificar a realidade, esperando algo que já não faz mais parte dela (processo cíclico de currículo)
  • ·        As política públicas não reconhecem a amplitude do currículo vivido e oculto dentro do contexto de cada escola, bem como a autonomia do professor para ser um participante ativo na construção deste currículo. Tais questões tocam nas condições oferecidas aos docentes que atuam na rede pública de ensino, relacionadas às perspectivas de atualização e formação docente, bem como de perspectivas salariais, principalmente para os professores efetivos (valorização do professor) 
  • ·        Analisando as disciplinas ofertadas pela escola, foi feita uma indagação sobre como as mesmas “se tocam”, ou seja, se relacionam tendo em vista a formação do mesmo aluno. Qual a preocupação com o “todo” do conhecimento das disciplinas que chega para os alunos e quais os mecanismos, ou situações que fazem os alunos “tecerem” tais conhecimentos ofertados (individualização do conhecimento pelo professor).
  • ·        Desvelar e desmistificar o cartesianismo “embutido” nas disciplinas e na atuação docente, como se cada disciplina fosse um sub-produto totalmente isolada das formas de conhecimento; como se cada disciplina tivesse um direção única na evolução histórico-científica do homem. Isso ocasiona uma compartimentalização da cultura em gavetas muito bem isoladas umas das outras. O que as disciplinas tem em comum? O que de fato faz a diferença para o aluno com o conhecimento que transmitimos ou pretendemos transmitir?
  • ·        Qual a visão de mundo que construímos e  que possibilitamos formar no aluno? Quais os modos de pensar e de ser que eu transmito para o aluno por mais objetivo e imparcial que eu seja na relação professor-aluno?
  • ·        Importância de situar uma teoria historicamente. As teorias estão inseridas em contexto próprio, e uma análise que não reconhece este contexto, pelo menos partes ou indícios dele, tal análise pode cair em um anacronismo ingênuo.
  • ·        As relações sociais tecem o currículo. O currículo é tecido em um campo de tensões, onde as relações de poder são inerentes trazendo, conseqüentemente, um caráter político, de posicionamento político.   O que o contexto sócio-cultural, principalmente das escolas, representa para o currículo oficial?
  • ·        Educação para a liberdade: Instituir a capacidade no outro de pensar: prática da liberdade, fazer o aluno criticar sua própria história, proporcionando  nele um insight do seu lugar na sociedade. Será que os alunos querem isso? Certamente não. Neste ponto é que surge o desafio de ser professor. Primeiramente de ter que  trabalhar com o real, não se ater a justificacionismos simplistas que condicionam e limitam a prática docente. Tais justificacionismos acomoda e inibe a dinâmica entre currículo prescrito, vivido e oculto (desvelar as raízes dos justificacionaismos). 

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