Sétima Aula (20/04/12)
Pontos discutidos em aula:
·
Processo de Mcdonaldização da educação:
políticas neoliberais, criação de “grifes” privadas com “status” para vender o
conhecimento. Globalização do processo de ensino e aprendizagem pautado em
avaliações para medir o “índice de educação” de um país. Tal concepção esbarra
na questão da desterritorialização
escolar. Será que a deterritorialização não tem um limite? O limite é a originalidade, o
particular. Quando a cultura local particular está se dissolvendo, a
desterriotorialização está apagando e silenciando o que é de mais valioso em um
país, em uma escola.
·
Questão política do pesquisador em dar retorno
para a escola. Para que serve minha pesquisa? De que forma ela está vinculada à preocupação e melhoria da
qualidade da escola? A pesquisa não pode estar desvinculada de
sua finalidade, o pesquisador não pode negligenciar sua ação transformadora que
a pesquisa pode requerer para a escola.
·
O mestrado profissional vem de encontro com tais
constatações: deve ser alimentado pela prática e não pela teoria.
·
Currículo pós-moderno: sua pretensão é inserir
traços particulares no currículo. Que tipo de visão de mundo estou trabalhando
e ajudando a construir?
·
Currículo: resultados de embates em que as
relações de poder são evidenciadas. Exemplo da certificação profissional como
se fosse um dever ter mais e mais certificados. O que de fato forma o aluno? Por que o conhecimento é legitimado
pelos certificados que um profissional possui? Questão educacional refém do mercado econômico.
·
Perigo
dos discursos particulares que não considera a totalidade. O pós-modernismo
trouxe a tona diversos recortes culturais evidenciando diversas identidades por
meio de revoluções individuais, ou seja, por segmentos individuais da sociedade.
Neste sentido, o pós-modernismo traz reflexos no campo do currículo,
principalmente do contraste entre o particular e o global. Mas é possível
instituir um padrão homogêneo de currículo? O que queremos formar? Existe uma
ética universal que o currículo deve considerar? O que de universal considerar
no currículo de uma cultura indígena?
·
A formação de individualidades esbarra no
compromisso político e humanitário da sociedade coletiva. Estamos formando
sujeitos para a coletividade ou para a individualidade? Será que os alunos reconhecem e sabem levantar uma “bandeira
coletiva? (Capitalismo, consumismo, moralismo liberal)
·
Questão da autonomia do professor para lidar com
o (aparente) contraste entre a questão individual e coletiva do currículo.
·
Disciplinas se tornarem tópicos especiais com
certa “vulgaridade”. O que fica de conhecimento para os alunos? Quais as reais finalidades de
tais disciplinas transversais?
·
Relação de poder no currículo as relações são
inerentes à relações humanas, inclusive no campo do currículo.